domingo, 5 de julho de 2009
Um tempo de mudanças
O ontem já foi. O amanhã ainda não veio. Temos o hoje. Comecemos.Madre Teresa de Calcutá.
Vemos-nos hoje imersos em um mundo de rápidas e abruptas transformações. Nunca na historia da humanidade houve um tempo onde tão rapidamente éramos compelidos a mudanças de tão profusão, em tão curtos períodos de tempo.
Caminhamos como nunca. Demos saltos antes tidos como impossíveis para a frágil raça humana. Assistimos à ascensão, o apogeu e a queda de vários paradigmas em curtíssimos espaços de tempo e espaço.
Fomos levados em um roldão de transformações que por pouco não nos levou a um caos total, pois tantos foram os novos conceitos, as novas concepções, as novas diretrizes que num certo instante nos vimos, e quem sabe ainda nos vemos, como que em “pisando em ovos”, sem saber o que é passado, presente e futuro. O que hoje aceitamos e o que a pouco era por nós aceito, agora nos é rejeitado, e o que outrora conhecíamos, estudávamos e dominávamos viria ser relegado à história.
O rolo compressor das mudanças é impiedoso. Grandes impérios caíram por não estarem atentos ou quem sabe por não aceitarem as mudanças. E os que sobreviveram a está onda certamente tiveram que se adequar às novas tendências, idéias e visões a nós impostas abruptamente. Nasce então uma terrível crise na humanidade: a crise ideológica ou, talvez mais profundamente, uma crise existencial enquanto indivíduos e, por conseguinte, como coletividade.
Acreditar que uma ideologia, será onipotente e onipresente em todas as épocas se mostra um ledo engano. Logo, o novo nos mostra que estamos ultrapassados em nossas concepções e que para que sobrevivamos, devemos nos adequar ao que nos é estranho: o novo. Porém ainda nos vemos imerso em uma letargia de orgulho e egoísmo. Recusamos-nos a abandonar os velhos ideais e valores em detrimento de novos, iniciando assim um dilema intimo que de pouco em pouco se reflete ao nosso redor, propiciando o surgimento de conflitos e guerras.
Apercebemos-nos então de um fato que talvez seja singular na historia: o homem está ganhando uma dimensão nunca antes vista ou sentida ou pensada.
Deixamos de ser simples sonhadores para ganharmos o status de realizadores. Realizadores de maravilhas nascidas dos mais belos sonhos de humanidade e também de nossos mais terríveis horrores, oriundos dos mais temidos pesadelos e medos.
A necessidade de sermos melhores ou, ao menos mais humanos, faz-se de suma importância para a sobrevivência da espécie humana. É chegado o momento de nos abraçarmos numa causa única, uma única visão.
Urge a premência de nos enxergarmos como um só povo, uma só vontade: a de fazermos deste mundo um lugar melhor, mais humano e acolhedor, onde a nossas novas gerações possam ter campo fértil para dar continuidade a essa mágica, ainda inexplicada em muitos sentidos, que chamamos tão empiricamente e superficialmente de vida...
Como diria Milton Nascimento em uma de suas músicas: “já não sonho, hoje faço, com meu braço o meu viver.”
Alexandre Gerasimenko Ribeiro e Souza
Blumenau 29 de Maio de 2005
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