domingo, 28 de junho de 2009

Educação e tecnologia como inclusão ou exclusão: uma reflexão necessária

A educação interage com as novas tecnologias que surgem a todo instante. Entretanto se depara com alguns paradigmas tradicionais, apesar de um discurso progressista. No entanto, a preocupação é a inclusão (os benefícios) ou a exclusão (as conseqüências) de uma modernização educacional.

Por um lado temos a integração do conhecimento com o universo, acesso interativo a notícias, textos, livros, email, autores, filmes, congressos, universidades, cursos, etc. Por outro, temos o excessivo consumo da massa, inclusive certificados, cursos á distância, individualidade, etc. A despeito da tecnologia na vida humana, é algo que não podemos negar, salientamos a importância deste mundo fascinante de informações e modernizações que facilitam a vida dos seres humanos, o qual está diretamente ligado á educação.

Destarte, a educação se mostra cada vez mais preocupada com a interação entre aluno e professor, valorizando a troca de saberes, pedagogia de projetos, mas se depara com uma realidade ainda tradicionalista, reprodutivista e transmissora de conhecimentos. A educação ergue uma bandeira, a do desafio, que ainda se apresenta tímida, mas necessária e requer uma análise, discussão, tempo de adaptação, preparo do corpo docente, e como serão disponibilizadas tais tecnologias á sociedade.

Contudo quando olhamos para a realidade diária das escolas, encontramos algumas tecnologias utilizadas como suporte aos educadores. E nos deparamos com uma realidade nada agradável, salas informatizadas, a grande maioria de portas fechadas, baixo salário, pouco investimento em capacitação. Multimídia usado pela área das exatas, aparelho de DVD pouco utilizado, vídeo cassete sem condições de uso. Com toda essa modernidade, encontramos o conhecido mimeógrafo, e assim, é com esta tecnologia que a grande maioria dos educadores consegue manusear com facilidade e sem medo. Portanto, temos uma educação tecnológica inclusiva ou exclusiva?

Que tipo de inclusão tecnológica temos, se olharmos para um professor quando consegue adquirir um computador, não consegue acompanhar as modernidades, não possuí por vezes uma renda suficiente para colocar um plano de internet? Que tipo de inclusão tecnológica é essa, que tenta informatizar as escolas, sem preparar os profissionais para dela fazerem uso? Que tipo de inclusão temos no ambiente escolar, quando percebemos que o único material de apoio o educador tem em mãos e que realmente funciona é o giz? Onde estão as política de inclusão destes profissionais?

No entanto, inclusão e exclusão caminham juntas, e se faz necessário reavaliar alguns conceitos do que se pensa sobre a educação, para que não se perca o foco da socialização do conhecimento, e o cuidado para não virtualizar a educação.

Por Silvana Schreiber
pós graduanda em Sociedade, Educação e Cultura.

Link p/ Download do artigo em pdf: http://rapidshare.com/files/249766336/Educa__o_e_tecnologia_como_inclus_o_ou_exclus_o.pdf.html

Um comentário:

Clube de Ciências disse...

Muito bom o texto da Sil...mas quanto a virtualizar a educação...será que isso já não é uma realidade? Afinal os cursos a distância tem funcionado bem assim. Eu mesma sou aluna de um curso desse, e digo: exige bastante do aluno. Será que todos estão dispostos a manter a qualidade, apesar de virtual? Beijos, Ana